Segundo levantamento da moveleira sueca Ikea, em 2020 aprendemos a “gostar de ficar em casa” e a valorizar nossos lares

Em casa: pesquisa desvenda mudanças na relação com o lar

Desde que a pandemia começou, nos vimos obrigados a ficar em casa por muito mais tempo. Logo, muita gente passou a desenvolver uma nova relação com seu lar. Afinal, para estes, a casa costumava ser encarada quase como mero local de transição entre as várias atividades do dia. No entanto, ela acabou virando o principal – senão único – ambiente de trabalho, diversão e descanso. Aliás, tal mudança na relação das pessoas com seus lares fica ainda mais evidente quando analisamos a pesquisa “Life at Home”.

Realizado anualmente pela fabricante de móveis Ikea, o levantamento procura entender o que as pessoas consideram importante em suas casas. Assim, em 2020, a pesquisa da multinacional sueca conseguiu captar mudanças bem interessantes nas prioridades dos entrevistados. A seguir, a H. Lar traz os principais dados revelados pelo estudo da Ikea.

 

Ficar em casa é positivo para a maioria

Em 2020, a pesquisa realizada pela Ikea entrevistou nada menos que 38.210 pessoas em 37 países. Assim, logo percebeu um ponto em comum entre participantes de todo o planeta: durante a pandemia, suas casas viraram santuários. Isso porque é em casa que as pessoas mais se sentem seguras, confortáveis e com sensação de bem-estar. Para fins de curiosidade, vale comparar esse resultado com o de anos anteriores. Em 2018, por exemplo, um terço dos entrevistados havia dito que não se sentia em casa em sua própria casa. Ou seja, a pesquisa revela como as pessoas aprenderam a se reconectar com suas moradias durante a reclusão.

 

Novas preferências

Além disso, o estudo revelou que, ao ficar em casa por mais tempo, muita gente passou a ter novas prioridades. Antes, a localização era o fator predominante na escolha de imóveis. No entanto, agora são três os principais pontos que influenciam esta decisão:

1.      Espaço

Ao concentrar as atividades de trabalho e lazer em casa, a amplitude e a organização ganharam importância. Ou seja, as pessoas querem ter espaço para um home office mais agradável ou uma sala de cinema para relaxar. Porém, isso nem sempre significa necessidade de uma grande área construída disponível. Afinal, com a decoração correta, é possível bom aproveitamento do espaço mesmo em imóveis pequenos.

2.      Contato com a natureza

A necessidade de ficar em casa durante a pandemia nos fez perceber como é importante ter acesso à natureza. Dessa forma, cresceu a preferência por imóveis próximos a áreas verdes ou que ofereçam pátios e jardins. Inclusive quando isso significa morar mais longe da cidade e, por vezes, do local de trabalho. Já para quem mora em apartamentos e deseja mais contato com a natureza, vale muito apostar em plantas e folhagens.

3.      Tempo livre em casa

Por fim, a pesquisa da Ikea mostrou que, em 2020, as pessoas “aprenderam a gostar” de ficar em casa. Ou seja, não se trata mais de mera imposição decorrente da pandemia. Dessa forma, a tendência é que as pessoas adaptem seus lares justamente para os aproveitar melhor no tempo livre. Seja com atividades coletivas, por exemplo, como brincadeiras e jogos em família, ou hobbies que podem ser praticados em casa.

 

Se você gostou das reflexões trazidas pela pesquisa da Ikea, é possível acessar o relatório completo (em inglês) neste link.

 

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