Linhas simples, cores neutras e layouts relaxantes vêm ganhando a cena na hora de compor ambientes internos baseados no minimalismo

Minimalismo: estilo Japandi une elementos nórdicos e orientais

Selecionar, organizar e desobstruir para tornar espaços mais amplos, harmônicos e relaxantes. Com esse propósito, muitas pessoas passaram a apostar no minimalismo como tendência de decoração e até como estilo de vida. Afinal, a pandemia inspirou uma reflexão profunda sobre o que é realmente fundamental no cotidiano. Inclusive, a casa tornou-se um lugar em que a produtividade é primordial. Logo, a ordem é eliminar o excesso e a poluição visual nos ambientes – dois gatilhos para a desordem mental. Isso porque espaços bagunçados ou repletos de estímulos visuais acabam interferindo na concentração de quem precisa estudar e trabalhar.

Diante disso, um estilo de decoração que une o design japonês à estética escandinava vem ganhando atenção: o Japandi. Apoiando-se em linhas simples, cores neutras e layouts despojados, essa vertente mostra que o minimalismo se harmoniza perfeitamente à funcionalidade. Dessa forma, o Japandi equilibra o conceito “menos é mais”, possibilitando que se invista em acessórios e peças de mobiliário. Desde que, é claro, eles cumpram função relevante em seu dia a dia. Consequentemente, é possível criar ambientes que transmitam sensações de bem-estar e praticidade, sem prejuízo à expressão de personalidade e estilo. Gostou? Então se prepare para pensar em formas, cores e texturas nos mínimos detalhes!

 

MINIMALISMO NÓRDICO-JAPONÊS

Além de privilegiar as formas puras do minimalismo, o Japandi traz referências artesanais e da harmonia com a natureza. Nesse sentido, ele é representado por dois aspectos principais, que você confere a seguir:

1.     HYGGE: ACONCHEGO

Na Escandinávia, o conceito hygge preza pelo conforto e por tudo o que traz a sensação de plenitude. Aliás, em tradução livre, a palavra significa “aconchego”, referindo-se ao que quer que leve acolhimento para a base do morar. Por exemplo: acender velas, deixar a casa à meia-luz no inverno, ter um cantinho especial para ler e tomar chá. Também por isso, mais do que decoração, o hygge representa um estilo de vida. Ao mesmo tempo, ele pode ser transposto para os ambientes por meio de elementos que proporcionem o máximo de bem-estar. Logo, incluem-se aí tons neutros, luz natural, tapetes e almofadas que promovam experiências táteis, madeiras claras e, evidentemente, plantas.

2.     WABI-SABI: NATURALIDADE E ACEITAÇÃO

Em se tratando de Japão, as crenças religiosas têm forte influência sobre o morar. Assim, o Wabi-Sabi é um conceito que se traduz em encontrar beleza no imperfeito e aceitar a importância da impermanência. Ou seja: traz os ideais do budismo para valorizar os processos naturais e a transformação que conta a história dos objetos. Dessa forma, suas principais características são austeridade, assimetria, texturas, uso consciente de materiais e a aceitação da imperfeição. Assim, essa vertente inspira uma decoração singular baseada em elementos artesanais, únicos, exclusivos, com alto valor emocional e, especialmente, funcionais. Então, se quiser mergulhar nessa filosofia, comece apostando num estilo autêntico e deixe-se seduzir por móveis antigos e materiais duráveis.

 

COMO ADOTAR O ESTILO JAPANDI

  1. Pratique o desapego;
  2. Aposte em cores suaves;
  3. Inclua fibras naturais em sua decoração;
  4. Leve a natureza para dentro de casa;
  5. Invista em móveis e objetos de madeira, especialmente em tons claros;
  6. Faça composições com diferentes tipos de texturas;
  7. No caso de objetos decorativos, busque equilíbrio e simplicidade com peças únicas, feitas à mão e com valor sentimental;
  8. Mantenha o foco no minimalismo, sobretudo nos elementos decorativos;
  9. Priorize a qualidade, a durabilidade e a sustentabilidade – tanto em peças de decoração quanto no mobiliário;
  10. Abuse da iluminação natural.

 

Foto: iStock/FollowTheFlow