Dos tipos ao preço e a à idade, conheça alguns dos detalhes básicos que serão capazes de expandir suas experiências no mundo do vinho

Vinho para iniciantes: dicas para explorar esse universo

Entre as bebidas mais apreciadas do mundo, o vinho é o companheiro ideal para diferentes ocasiões. Ainda mais quando as temperaturas estão mais baixas, como costuma ocorrer nas estações de outono e inverno. Nesse cenário, então, a bebida vira a estrela principal de momentos de lazer e celebração. Porém, muitas dúvidas podem surgir, especialmente para aqueles que estão começando a despertar seu interesse pelo assunto agora.

Diante disso, algumas informações básicas são essenciais para facilitar a vida dos apreciadores de vinho iniciantes. Afinal, será que o mais caro e o mais velho realmente são os melhores?

 

PRINCIPAIS ATRIBUTOS DE UM VINHO

1.     TIPOS DE VINHO

Para além da variedade da uva, muitos aspectos são responsáveis por determinar o sabor de cada vinho. Tanto em relação à graduação alcóolica quanto à região de produção e até a safra, por exemplo. Logo um dos modos mais práticos de se fazer uma boa escolha ainda é observar o tipo do vinho. Nesse sentido, as alternativas ficam entre seco, demi-sec (ou meio-seco), suave e licoroso. Isso porque a grande diferença estará na quantidade de açúcar residual, que pode ser adicionado ou advindo da própria uva. Por exemplo: o vinho licoroso é o que mais permite sentir o sabor doce na boca. Depois dele, a presença de açúcar é reduzida gradativamente do suave ao demi-sec. Enquanto isso, o seco – preferido dos conhecedores – é o tipo de vinho que não evidencia dulçor no paladar.

2.     FINO OU DE MESA?

Outra classificação interessante de se ter em mente é a questão do vinho fino e o de mesa. Sobretudo porque o vinho “de mesa” é feito com uvas próprias para o consumo. Consequentemente, seu sabor remete mais a um suco de uva alcoólico. Enquanto isso, o vinho fino é preparado com uvas viníferas, que são exclusivas para a produção da bebida. Dessa forma, elas ganham novos aromas (que vão além da fruta) após o processo de fermentação.

3.     TEMPERATURA

Se você está começando a degustar, saiba que a temperatura é a chave para desfrutar ao máximo do vinho. Aliás, segundo especialistas, ela é diferente para cada tipo de bebida. Por exemplo: espumantes devem ser servidos entre 4°C e 10°C. Já vinhos brancos, entre 6°C e 12°C; tintos leves entre 12°C e 15°C, e tintos encorpados entre 16°C e 18°C. Isso porque as temperaturas muito altas desequilibram o sabor, enquanto as muito baixas podem adormecer suas papilas gustativas. Portanto, uma boa tática para quem tem adega em casa é ajustar a temperatura para cerca de 18°C. Dessa forma, basta colocar as garrafas que pedem uma temperatura mais baixa por alguns minutos na geladeira antes de servir.

4.     QUANTO MAIS TEMPO, MELHOR?

Você sabia que a máxima do “quanto mais velho, melhor” não se aplica a qualquer vinho? Pois a verdade é que menos de 20% dos vinhos são feitos para a chamada “guarda”. Aliás, as garrafas encontradas à venda, em sua maioria, devem ser consumidas sem muita demora. Sobretudo porque não possuem estrutura de álcool, tanino e acidez suficiente para durarem anos. Por exemplo: em geral, vinhos tintos comuns devem ser apreciados em no máximo três anos. Já os brancos e rosés, em até dois anos, e frisantes em no máximo um ano da safra. Desse modo, é possível manter o perfil de sabor e aromas característicos de cada bebida. Ou seja: o mais indicado é ter um estoque pequeno, comprando novos vinhos à medida que eles forem consumidos.

Em contrapartida, os vinhos de guarda recebem todo um tratamento específico para esse fim. Inclusive (e principalmente) em relação a uma graduação alcoólica mais elevada. Também por isso, seu preço final acaba sendo bem maior quando comparado a outros vinhos.

5.     PREÇO x QUALIDADE

Pode soar intuitivo e até bem lógico que o vinho mais caro seja o melhor. Porém, na prática, não é exatamente assim que funciona. Ainda mais quando você está começando a provar e não tem muita certeza do que gosta. Nesse caso, comece pelos vinhos “de entrada” e vá ampliando o investimento conforme seu nível de conhecimento também avança.

 

Seja para celebrar a vida em casa ou descobrir novos roteiros turísticos, aposte naquela taça de vinho! Afinal, com moderação, a bebida também pode trazer muitos benefícios à saúde. 🙂

 

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